Ciganos e
boiadeiros
Logo depois
dos caboclos e pretos velhos, em geral, as entidades que os seguem em nível de
evolução próximo são os boiadeiros (que habitualmente respondem na linha do
Oriente e na linha de Xangô).
Os
boiadeiros são os melhores representantes do peão, do homem do campo que se
dedica à lavoura e à pecuária. Em geral, grande parte dos boiadeiros vem das
grandes fazendas do Norte e Nordeste de outrora, o tempo da fartura e das
criações de grandes pastos. Eles cantam canções antigas, que remetem a uma vida
mais simples e ao trabalho ensinando-nos a força que ele tem. Sua principal
lição é que a maior das magias e o maior dos milagres são feitos com a força de
vontade de cada um.
Os ciganos,
por sua vez, embora muito conhecidos e dos quais muitos já ouviram falar, por
vezes se vêem confundidos com exus, pombagiras, malandros e kiumbas.
A questão é
que os ciganos, nas casas de Umbanda, são muitas vezes incompreendidos, pois
têm comportamento próprio, linguajar peculiar e uma moral que seguem a todo
custo, difícil de assimilar por muitas vezes a nossa cultura. Em casos, eles
são incluídos nas linhas do Oriente, entretanto o correto seria classificá-los
dentro de uma linha própria, dotada de poder e em graus hierárquicos complexos,
organizados por famílias, como são os reais ciganos, e regidos pelos quatro
elementos naturais (terra, água, ar e fogo). Em algumas casas, onde há grande
manifestação desse povo, não é incomum que, em vez de cultuar a linha do
Oriente, o culto seja dedicado exclusivamente aos ciganos, como linha do povo
cigano.
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