segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

O Ano de Saturno - Planeta trará cobranças e realizações para o novo ano...





Embora Saturno, geralmente, seja considerado uma referência de algo sombrio, rígido e austero, o planeta possui um lado extremamente benevolente, que nos permite construir nosso mundo interna e externamente.
Saturno não se cansa e tem toda a paciência do mundo quando se esmera em tentar nos ensinar tudo sobre estrutura, responsabilidade, concentração e esforço. Saturno não se contenta com as coisas feitas de qualquer jeito e nos aponta o dedo em busca de competência, estabilidade, durabilidade, compromisso e limites.
Saturno não deseja nada que não seja estritamente necessário e, ao final deste ciclo, se conseguirmos cumprir a nossa parte na missão dada, estaremos bem mais leves, realizados e bem sucedidos.
Saturno é regente de Capricórnio e a cabra montanhesa, símbolo deste signo, com seu empenho e cautela, não deixa a concentração de lado, só tem olhos para alcançar o pico mais alto. Aqui, o passo a passo é que garante sua chegada.
Assim, este ano, as coisas também tendem a acontecer desta maneira. É agora que temos as ferramentas para estruturarmos nossas metas e nos prepararmos para as cobranças de Saturno. Porém, além de reconhecimento, ele nos devolve bases firmes, de durabilidade. É um ano para arregaçar as mangas e espantar qualquer sinal de “vou deixar para mais tarde”.
Quando não compreendemos bem o que está sendo pedido para nós, Saturno ceifa nossos excessos e tudo aquilo que impede o nosso desenvolvimento, por isso pode trazer consigo algumas perdas necessárias. E só mais tarde é que teremos compreensão disso.
A colheita é certa, mas ocorre na medida do esforço do plantio. Talvez seja mais difícil integrarmos esta energia na nossa vida, pois estamos vindo de um ano regido pela Lua, onde os sentimentos, o feminino, a nutrição e os cuidados eram os senhores da vez. Assim, sair do universo da sensibilidade para o da realidade requer adaptação.
Os signos de terra, Touro, Virgem e Capricórnio estão mais afinados com Saturno e suas exigências práticas, mas, os demais signos poderão ter mais dificuldade em compreender, não apenas suas cobranças, mas também a necessidade delas.
E aí, já arregaçou as mangas? Saturno está te esperando!

Mônica Bergamo – Consultora Astrológica do Zastros

Salve o povo do cemitério!!!


Ano de energia 6

Segundo a Previsão Astrológica para 2013, o novo ano promete ser mais austero. E, segundo as Previsões da Numerologia, a história não é diferente. Entraremos em um ano de energia 6 (2+0+1+3=6), número que pede mais comprometimento e responsabilidade em tudo o que fazemos. Número que pede amor de verdade e relações consistentes. Número que pede uma felicidade de fato existente.
No amor, 2013, o Ano de Saturno, será um ano de muitos inícios e poucos términos. Na verdade, o 6 carrega consigo uma vontade de estar junto e construir uma vida a dois de verdade. Pedidos de casamento poderão ser mais comuns e, certamente, corações cansados de aventuras anunciarão a sua aposentadoria.
Por outro lado, aquelas relações que não são baseadas em um sentimento real, que não são construídas com base no respeito, na cumplicidade e na vontade de estar junto, podem ir por água abaixo. Assim como Saturno, este número não aceita aquilo que não vale à pena ser vivido.
No trabalho, o segredo do sucesso estará em apostar nas relações. O 6 pede interação, troca, é o
número da generosidade. Proponha-se a ensinar e os aprendizados virão. O crescimento será lento, mas a vitória merecida virá de um jeito sóbrio e realizador.
A vida financeira pedirá cautela. Não poderá haver exageros, para o número 6 tudo é parcimonioso. Gaste com aquilo que realmente for necessário e junte o que puder juntar.
A família será o seu maior conforto ao longo de todo o ano de 2013. Não se faça de rogado e fique a maior parte do tempo ao lado daquelas pessoas que estão com você para o que der e vier. Não deixe de curtir a intimidade do lar.
Sinta a tranquilidade deste número e permita-se caminhar conforme o seu ritmo. Pode até demorar mais do que você deseja, mas o importante é que o resultado será atingido. Aproveite a vibração e curta o ano do número 6!
Zastros-Créditos

2013 é o ano da serpente






Considerada um símbolo de boa sorte na China, ano regido pelo signo da Serpente trará amor e sabedoria, mas pede calma, reflexão e planejamento.


Para a Astrologia Chinesa, 2013 será o Ano da Serpente. Segundo os chineses, o ano novo só se inicia em 13 de fevereiro, pois eles se baseiam no calendário lunar, que dura doze meses e 29 dias, e não no calendário solar, usado aqui no ocidente e nosso velho conhecido. Cada ano lunar é regido por um signo, representado por um animal que empresta suas características àquele ano. Para os chineses, o Ano da Serpente trará uma temporada de muita reflexão, planejamento e procura por respostas. Nada muito diferente do que já é esperado com a regência de Saturno.

Mas, não pense que isso se refere a algo pesado ou difícil. A Serpente carrega consigo um aspecto positivo, de muita sorte. Para os chineses este é um animal sagrado! Será um ano em que nos sentiremos protegidos por nossa própria sabedoria. Por outro lado, embora tudo possa ter um ar fresco e calmo, o ano da serpente costuma ser sempre imprevisível.

Olhando para trás na historia, vemos que anos regidos pela serpente nunca são muito tranquilos. Muitos desastres que se iniciaram no ano do dragão (2012) tendem a culminar no ano da serpente. Estes dois signos têm uma relação muito próxima e as calamidades dos anos da serpente resultam, frequentemente, dos excessos cometidos durante o reinado dos dragões.

No amor, as notícias são boas, mas a calma deverá ser mantida! Para quem está solteiro, a Serpente promete trazer um ano de romance e cortejo. Para quem está comprometido, as brigas podem ser mais intensas, repletas de escândalos de todo o tipo, fique atento! Veja onde pisa e seja mais cauteloso. Nada de deixar o coração falar mais alto.

As pessoas nascidas no Ano da Serpente são consideradas nobres dentro da Astrologia Chinesa. Tudo devido a sua sabedoria e capacidade de compreensão. São extremamente sensuais, supersticiosas, orgulhosas e vaidosas, além de muito refinadas.

Zastros-Créditos

domingo, 30 de dezembro de 2012

O PODER DAS CORES DAS VELAS:



A vela azul deve ser acesa quando se deseja adquirir calma, serenidade, sabedoria, desenvolver e trabalhar poderes paranormais, sensitividade, intuição e ter expansão nos projetos.

A vela amarela deve ser acesa quando há necessidade de cura energética, clarear a mente, abrir o intelecto, firmar os pensamentos, desenvolver a espiritualidade e ocorrer mudanças rápidas das situações.

A vela branca representa a pureza e sinceridade. É utilizada para obtermos paz de espírito, harmonia, equilíbrio em nossas casas. Acende-se quando se deseja paz, limpeza, cura, reconciliação, harmonia e iluminação.

A vela laranja deve ser acesa para ter força mental, aumentar a confiança, a criatividade, o entusiasmo, o poder de atração e obter sucesso nos empreendimentos.

A vela violeta ou lilás deve ser acesa quando há necessidade de transmutar as energias, transformar negatividade, ter inspirações, aumentar a intuição, combater o "stress" e acalmar-se.

A vela rosa representa a beleza, o amor, a moralidade. Deve ser usada em assuntos amorosos para fortificar relacionamentos afetivos. Boa cor para realizar os desejos do campo emocional e afetivo.

A vela verde simboliza a calma, a tranqüilidade e o equilíbrio. Deve ser acesa quando se desejar a cura física e espiritual, fertilidade, estabilidade e abundância.

A vela vermelha deve ser acesa quando se precisa de coragem, ânimo, determinação, força, ação, dinamismo, vigor, proteção, conquistar e liderar assuntos relacionados à matéria, trabalho e dinheiro, para que se tenha triunfo e evolução rápida dos acontecimentos.

sábado, 29 de dezembro de 2012

Considerações sobre Iemanjá...





Mãe Iemanjá, Senhora da calunga grande (mar). Sincretizada no Rio de Janeiro com Nossa Senhora da Glória comemorado em 15 de agosto. Na Umbanda, ela também recebe o título de Senhora da Coroa Estrelada.
Em São Paulo, a maior comemoração é no dia 8 de dezembro, na Praia Grande.
No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina a comemoração é no dia 2 de fevereiro, onde, Yemanjá é sincretizada com Nossa Senhora dos Navegantes. As cerimônias são comumente feitas à beira-mar, no litoral gaúcho. Também ocorrem em rios, como em Porto Alegre (Rio Guaíba).
Em Santa Catarina é relizada anualmente no dia 2 de Fevereiro na Praia Central de Balneário Camboriú a Festa em Homenagem a Yemanjá.
No Rio de Janeiro a festa de Iemanjá é comemorada nos dias 30 e 31 de dezembro, na manhã da véspera do Ano Novo para evitar um maior congestionamento nas praias e ruas. As oferendas lançadas ao mar para a orixá contam de palmas e rosas nas cores branca e rosa, é seu dia e sábado. Suas saudações são Odoyá ou Odossiá. Também Ilá-Omo-Ejá, que traduzido do dialeto yorubá significa: mãe cujos filhos sao peixes.

Cores: azul claro ou branco transparente

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Natal- Rubens Saraceni

Nesse ponto a Umbanda é única entre as religiões!
Seus dirigentes e médiuns, assim como todos os Guias Espirituais, acolhem os seguidores de outras religiões como irmãos e os auxiliam como podem e da melhor forma possível, livrando-os de suas perturbações de fundo espiritual, auxiliando-os na cura de suas doenças, auxiliando-os a conseguirem um emprego, quebrando demandas das quais são vitimas, etc.

E isso sem perguntar-lhes quais as suas religiões, sem atribuir às suas crenças religiosas a causa de suas dificuldades e nem os obrigando a se converterem para que, aí sim, sejam ajudados pelos sagrados Orixás e pelos Guias Espirituais de Umbanda.

Não vemos isso acontecer nas outras religiões, onde o usual, assim que sabem a religião de quem adentra em seus templos é ir alertando-os ou acusando-os de seguirem uma religião errada, ou pagã, ou do diabo, etc. Nesse aspecto a Umbanda é única e insuperável porque todos os umbandistas acreditam que Deus é único, esta presente na vida de todos e em todas as religiões, não importando a forma que usam para cultuá-lo e adorá-lo. Inclusive, é comum aos seguidores das outras religiões regirem com palavras ofensivas à nossa religião e à nossa pessoa assim que ficam sabendo que seguimos a religião Umbanda, dando a entender que só eles cultuam e adoram Deus.

Essa postura intolerante por parte da maioria dos seguidores de outras religiões para conosco, os umbandistas, provavelmente é uma decepção para o mestre Jesus, que não fundou nenhuma religião e não pregou a intolerância, mas vê entre os seus seguidores uma reação não fraterna aos seus irmãos em Deus que professam outras crenças religiosas.

Os umbandistas seguem a Umbanda, mas respeitam todas as outras religiões e a crença dos seus seguidores e não temem entrar em suas igrejas porque nesse quesito estão anos-luz à frente dos demais, já que sabe que só há um Deus, criador de tudo e de todos e existem suas divindades, espalhadas entre as muitas religiões existentes na face da terra, com Jesus Cristo incluído entre elas e ao qual respeitam e amam.

No dia em que todas as religiões e todos os seus seguidores pensarem e agirem como prega a Umbanda e os umbandistas nesse mundo haverá mais fraternidade verdadeira e menos miséria, doenças, crimes, racismo e intolerância.

Mas isso talvez seja esperar demais dessa humanidade pecadora que discrimina seus semelhantes só porque seguem uma religião diferente, ainda que todos saibam que só há um Deus e que todos somos seus filhos... que todos somos irmãos perante Ele, o nosso Divino Criador!

Por ser como são e por amarem e respeitarem o Mestre Jesus os umbandistas comemoram o Natal e lhe rendem merecida homenagem, pois, pelo menos nessa data cristã os cristãos de fato se mostram mais fraternos e tolerantes.

Nesse natal, que o amado mestre Jesus abençoe a todos!
Feliz Natal Umbandistas!

Rubens Saraceni

Dezembro Umbandista...

Estamos em Dezembro, um mês mágico que altera o estado de espírito das pessoas, principalmente dos umbandistas, que já comemoraram Yemanjá, Yansã e Oxum no começo dele.

Ainda temos o dia 25, quando a cristandade comemora o nascimento do Mestre Jesus no mundo todo e temos o dia 31, quando todos comemoram a passagem do ano com uma explosão de alegria e votos de que o ano que começará seja de paz, saúde e prosperidade.

Para os umbandistas a comemoração do natal cristão é algo natural, até porque a maioria dos seus seguidores e médiuns praticantes veio da religião cristã. Inclusive, muitos umbandistas seguem uma corrente doutrinária denominada Umbanda Cristã, muito parecida com o Espiritismo Kardecista.

Na maioria dos seus centros os umbandistas colocam em seus altares a imagem do Mestre Jesus no seu degrau mais alto, prestando-lhe uma reverencia e adoração sublime devido seu sincretismo com o Orixá Oxalá, o maior dos orixás cultuados na Umbanda.

Esse respeito e reverencia ao Mestre Jesus enobrece ainda mais a umbanda, a mais tolerante das religiões existentes no Brasil, já que ela acolhe em seus centros os seguidores de todas as outras com amar e respeito, sem constrangê-los com perguntas sobre a religião que seguem e sim, os auxiliam onde elas não podem ou seus sacerdotes não sabem como lidar: a Mediunidade e os problemas espirituais de fundo karmático

sábado, 22 de dezembro de 2012

Pombagira...."Arreda homem..."

"Ela mexe com aquilo que Exu não consegue mexer.
Ela transforma aquilo que o vigor masculino de Exu não modifica.
Ela cria aquilo que o mando de Exu não consegue estabelecer.
Ela fala aquilo que Exu não consegue dizer.
Ela dá aquilo que todos querem, mas que ninguém é dono.
Ela faz sorrir de uma forma que homem nenhum entende.
Ela faz viver aquela mulher que toda mulher quer ser e que todo o homem quer ter.
Ela é POMBAGIRA e é melhor arredar o pé, homem, pois aí VEM MULHER…"
Laroyê Mulheres e Moças de Umbanda!!!
Saravá!

 


Blog Espiritualizando com a umbanda

Quem sou?-Pombagiras


 
Quem sou?
Não sou mundana e nuca fui mulher da vida,
Sou mulher sim, mas mulher COM vida,
Gosto do que é bom e belo,
Mas não gosto da falsidade, hipocrisia, mediocridade e vulgaridade,
Sou rival e sou parceira,
Sou bela, faceira e criativa,
Com minha criatividade te levanto,
Mas com a mesma te devasto e lhe deixo em pranto.
Sou um chocolate com pimenta,
às vezes doce e outras vezes ardida demais,
Eu sou menina, sou mulher, sou princesa, sou rainha,
Eu sou a Moça dos caminhos e encruzilhadas
Me chamam de POMBAGIRA RAINHA DAS SETE ENCRUZILHADAS!
Por Alexandre Cuminho- Blog Espiritualizando com a Umbanda

Trabalho das Pombagiras na umbanda...


 




Pomba Gira ou Bombogira, é o Exu feminino, complemento do Exu masculino. Dos sete Exus chefes de legião, apenas um é feminino, dai ter ocorrido uma inversão deste conceito, dizendo que Pomba Gira é mulher de sete Exus, sendo por isso prostituta.


Os Exus são nossos irmãos, e já tiveram as suas encarnações como humanos. Por isso, é perfeitamente normal que possa ocorrer, que uma ou outra, dentro das várias falanges de Pomba Giras, possa ter sido prostituta em sua ultima encarnação. Agora, não se pode generalizar todas por igual, apenas porque uma foi “mulher de rua”. E nem mesmo a que tenha sido, merece que a chamem assim, pois além de ser nossa irmã, está em outro grau de evolução que nós não estamos, e trabalha em prol da humanidade. Agora, como os seres humanos são peritos em distorcer e inverter as coisas que não entendem, facilmente encontramos em algumas casas de culto aos Orixás, em dias de ritual de “esquerda”, médiuns femininas completamente vestidas como prostitutas, ás vezes quase despidas. Não porque as suas Pomba Giras o tenham sido, mas sim pelo conceito errado que têm delas, e muitas vezes também, para extravasarem os seus próprios desejos íntimos, impressionando os menos esclarecidos com gracejos, malabarismos, convites imorais,e falando em baixo calão, aproveitando a imagem já criada.
Estes médiuns, tanto femininos como masculinos, são aquele tipo de gente que são desprovidos de qualquer qualidade nobre. São pessoas sem escrúpulos, moral ou ética e que se aproveitam da imagem distorcida de Exu e Pomba Gira, para exteriorizarem o seu verdadeiro “eu”. Em geral estas pessoas, acabam caindo no ridículo, ficando desacreditadas, e segundo a lei das afinidades, acabam sendo envoltas pelos obsessores, caindo em tormento por parte destes.
É certo que Pomba Gira costuma demonstrar alegria, falar como uma pessoa vivida, e dançar sensualmente. Mas não devem ser confundidas as coisas, pois ela lida com a sexualidade das pessoas presentes, para as descarregar do excesso desse tipo de energia, e não para se exibir ou para ser idolatrada.
A função das Pomba Giras está ligada á sensualidade, tentando direcionar as energias sexuais dos seres para a realização e a conquista de coisas nobres.
Como complemento do vigor e vitalidade irradiados por Exu, irradia o desejo nos seres. Além de irradiar o desejo sexual necessário e equilibrado, irradia também o desejo de ter uma vida melhor, de evolução, de prosperidade, de crescimento espiritual, e de todo o tipo de sentimentos virtuosos e nobres.
Como qualquer Exu, são também esgotadoras do carma e conhecedoras da magia. Incorporadas em seus médiuns, dão consultas e “passes”, tentando sempre ajudar quem as procura. Ganharam infelizmente, a fama de roubarem maridos e mulheres, e destruírem casamentos e uniões, para quem lhes peça e lhes pague. Ora, tal e qual como já afirmei, não vale a pena repetir novamente, quem são as entidades que aceitam esse tipo de trabalhos. Pomba Gira conhece sim, o coração e os sentimentos dos humanos, podendo ajudar a resolver problemas conjugais e sentimentais, mas sempre sem prejudicar quem quer que seja.
Tal como os Exus, usam a cor preta e vermelha. Seu símbolo é um tridente com os garfos em curvatura. E seu dia da semana consagrado, é tal como Exu, a segunda-feira. Têm também a função de guardiões da lei cármica. E em seus trabalhos, tal como os Exus, cortam demandas, desfazem trabalhos e feitiços de magia negra, e ajudam nos descarregos e desobsessões, retirando os espíritos obsessores e trevosos, encaminhando-os para a luz, ou para onde possam cumprir suas penas em outros lugares do astral inferior.
Créditos- blog "Espiritualizando com a umbanda!"




Mensagem pombagiras...

 
“Quem se deixar afundar no mundo dos desejos,
e beber o veneno da luxúria dos sentidos,
tornar-se-á no seu próprio escravo.”
Crédito- Blog "Espiritualizando com a Umbanda!"

Mensagem da Pombagira Maria Quitéria!


Boa noite moça... Que o amor esteja sempre a abrir os teus caminhos.
Hoje tenho um motivo especial para estar aqui. Quero que você escreva um pouco sobre nós, as Pombas Giras... Tão mal interpretadas e sempre tão requisitadas em trabalhos relacionados ao amor... Ou falsos "amores".
Diariamente tentamos ajudar humanos que se dizem sem forças porque foram traídos, abandonados e esgotados, que perderam seu amor, perderam seu rumo e estímulo e se perdem em abismos por viverem em função de sentimentos egoístas e vaidosos, quando o difícil é fazê-los perceber que este falso amor nunca lhes pertenceu, e sim o amor próprio que mora em cada um de nós, esse sim soma com outros amores, o que nos dá a sensação de termos encontrado um grande e único amor, o que realmente são, tão individuais como cada ser e sua natureza.
Nós, Pomba Giras, somos o verdadeiro e puro estímulo, onde atuamos na capacidade da mulher se auto sustentar, se auto afirmar em suas forças e belezas, estimulamos todos os sentidos obscuros que existe dentro de uma mulher e de um homem para que eles possam seguir suas caminhadas em busca de sonhos e ideais, ou pensas que só vocês mulheres precisam de estímulos?
Estimulamos todos os sentidos que façam com que humanos enxerguem e coloquem em práticas todas as virtudes existentes em sua natureza.
Por muito tempo fomos comparadas com mulheres de vida fácil, liberais, quando o incômodo está em nosso magnetismo de encantar, de conquistar e estimular todos os sentidos da vida, com uma gargalhada, com uma dança, com uma lição de amor... Mas não se encantes com tantos encantos. Sabemos e somos donas do sentido estimulador e podemos paralizá-lo quando assim for necessário e de belas e encantadoras mulheres, passamos a valentes guerreiras e guardiãs de nossos protegidos, ou quem possa vir a nos evocar na Lei Divina da Luz.
Se quiserem nos humanizar, tenham nós como as guerreiras, como as mulheres de frente que sempre se destacaram e lutaram por seus ideais, tenham a certeza de que estivemos a ampará-las, apenas para ativar seus sentidos e protegê-las para que pudessem realizar suas missões, única e exclusiva de desabrochar e chamar atenção de mulheres que já haviam se esquecido do que existe dentro de cada uma, seus sonhos e ideais, já as mulheres de vida fácil como dizem parecermos, essas sim são carentes de amor próprio, movidas por falsas ilusões e falsos amores, esse motivo maior de sermos procuradas e tão mais perto da realidade presente hoje entre vocês humanos.
Porque citar essas duas classes de mulheres que por tempo viraram uma e que são de um magnetismo contrário?
Porque são guerreira em descobrir sua própria natureza e não de querer descobrir a do próximo, são felizes com o que tem e o que são e isso se chama amor próprio.
Quando citamos as que vocês classificam de mulheres da vida fácil, é porque buscam incansavelmente por um amor fora de si. E o que buscamos, é fazer com que vocês possam enxergar que o amor não se busca em outros corpos, não se busca em grandes empregos ou em grandes amizades, tudo se soma para fazer do amor próprio ainda mais belo e fortificado, mas não traz e nem cria ele, nunca poderão ter um grande amor, enquanto não aprenderem a se amar, não serão bem sucedidos em grandes ou pequenos empregos enquanto não amarem o que fazem, vivam a amar o que fazem, o que buscam e o que são, vivam intensamente e atrairão o próprio magnetismo puro do amor até vocês e entenderão ou começarão a entender as mensagens que nós Pomba Giras buscamos passar...
Para nos evocar basta perceber e buscar o amor que mora dentro de si e para perceber o que sou e onde estou, basta olhar para as estrelas, verá sua luz e beleza, todo seu encanto e delicadeza, mas perceberá que ao seu lado mora um grande escuro imponente, basta observar uma rosa, seu cheiro, textura e encanto, mas não se esqueça, que se muito dela querer, desta linda flor se machucará com seu próprio espinho...
Pomba Gira Maria Quitéria
Salve tu moça!
Salve o Amor e a Lei!
Salve a Magia!
Salve as Pombas Giras de Umbanda!
Que a Divina Luz esteja entre nós...
         Por Emidio de Ogum

Mensagem de Seu Zé Pilintra...salve a malandragem!

 
Muitos me chamam de malandro, aproveitador, enganador até de exu sou chamado! Éééé!!!! Os encarnados gostam de colocar muitas palavras na "boca dos mortos" o que nem sempre traduz aquilo que nós deste lado de cá da vida realmente somos.
Mas como nossa Umbanda já passou de seus 100 anos, resolvi agora dar a minha palavra para "fechar" um pouco a boca daqueles que muito falam da Umbanda e suas entidades, mas infelizmente nada sabem da mesma e muito pouco de nós.
Quando falamos de "malandros", logo lembramos daquele que leva vantagem em tudo na vida, enganando, mentindo e se aproveitando da boa vontade dos que são conhecidos como mais fracos o que eu José Pelintra diria "menos informados e preparados em sua fé"!
Para quem tem uma mente doentia este seria o melhor adjetivo para os malandros, mas um verdadeiro malandro sabe:

• Driblar os obstáculos que a vida lhe impõe com um sorriso e confiança em Deus, pois se tudo na vida tem começo e fim inclusive nossa passagem neste mundo, suas dores não são eternas. Sorrir quando tudo é alegria é fácil, ele já nasce na face, mas sorrir e ter fé quando as coisas andam meio "de lado" ao só para quem tem ginga.
• Malandragem não é se julgar coitado esquecido de Deus e dos Orixás, é mexer-se, fazer a diferença, ir a luta. Tombo meninada foi feito para se levantar e continuar adiante e ficar esperto onde "se coloca o pé", pois tem muito "malandro pisando em cova" em trocadilhos, "tem muita gente escolhendo um caminho mais doloroso para seguir" e consciente.
• Malandragem é saber seu limite, onde se deve parar e não querer mostrar para os outros o que não é e o que não se tem. Deus minha gente criou todos iguais, com as mesmas possibilidades. Na vida não tem "jeitinho", tem é atitude de buscar melhorar-se cada vez mais de aprender a viver e ganhar maturidade. “Só” ensina quem já aprendeu e não quem ainda esta na primeira série.
Muitos me criticam pelas minhas vestes brancas e trazem seu coração escuro pelo preconceito vacilo de quem se julga superior a todos e segue uma verdade que nem ele mesmo conhece. Muitos falam de meu punhal, mas cortam e ferem seu semelhante com suas palavras todos os dias dentro e fora de seus lares e o meu punhal "malandro" só corta demanda. Na minha imagem "figura" o branco simboliza como dever ser nosso interior, ou seja, LIMPO! Minhas mãos juntas simbolizam a fé que infelizmente de Aruanda vemos poucos "aqui em baixo" praticá-la em qualquer credo. O livro em meus pés significa que para crescer é preciso conhecer-se a si próprio. O vermelho de meus adereços simboliza a vitalidade a alegria que todo bom "malandro" deve ter para encarar os problemas que ele mesmo cria em sua vida. Muitos falam, poucos conhecem! Muitos julgam poucos compreendem! E assim caminha a nossa Umbanda esclarecendo e lutando para com muita "malandragem" e muita ginga ganhar seu espaço.
Santo figura ninguém é, então que cada um reflita antes de julgar....
“Sou santo ou demônio? Justo ou pecador? Tira isso da cabeça meu menino!
Sou ZÉ PELINTRA Malandro da luz e sirvo a nosso Senhor.

" ...Seu Zé Pelintra quando vem Ele traz a sua magia Para salvar todos seu filhos e retirar feitiçaria..."

Cantiga de Umbanda

Saravá malandragem José Pelintra do Morro Grande
Mensagem canalizada por Géro Maita

domingo, 16 de dezembro de 2012

Oração a Santa Sara Kali- Ciganos


ORAÇÃO EM ROMAIN:
Manglimos Katar e Santa Sara Kali Tu Ke San Pervo Icana Romli AnelumiaTu Ke Biladiato Le Gajie Anassogodi Guindiças Tu Ke daradiato Le Gajie, Tai Chudiato Anemaria Thie Meres Bi Paiesco Tai Bocotar Janes So Si e Dar, E Bock, Thai O Duck Ano Ilô Thiena Mekes Murre Dusmaia Thie Açal Mandar Thai Thie Bilavelma Thie Aves Murri Dukata Angral O Dhiel Thie Dhiesma Bar, Sastimôs Thai Thie Blagois Murrô Traio Thie Diel O Dhiel.
VERSÃO EM PORTUGUÊS:

Tu que és a única Santa Cigana do Mundo.

Tu que sofrestes todas as formas de humilhação e preconceitos.
Tu que fostes amedrontada e jogada ao mar.
Para que morresses de sede e de fome.
Tu sabes o que é o medo, a fome, a mágoa e a dor no coração.
Não permitas que meus inimigos zombem de mim ou me maltratem.
Que Tu sejas minha advogada perante à Deus.
Que Tu me concedas sorte, saúde e que abençoe a minha vida.
AMÉM.

Umbanda...prática da caridade!

A RELIGIÃO UMBANDA

 

“A maior de todas as ignorâncias é rejeitar uma coisa sobre a qual você nada sabe."

(H. Jackson Brownk)

A Umbanda crê num Ser Supremo, o Deus único criador de todas as religiões monoteístas. Os Sete Orixás são emanações da Divindade, como todos os seres criados.
O propósito maior dos seres criados é a Evolução, o progresso rumo à Luz Divina. Isso se dá por meio das vidas sucessivas, a Lei da Reencarnação, o caminho do aperfeiçoamento.
Existe uma Lei de Justiça Universal que determina, a cada um, colher o fruto de suas ações, e que é conhecida como Lei de Ação e Reação.
A Umbanda se rege pela Lei da Fraternidade Universal: todos os seres são irmãos por terem a mesma origem, e a cada um devemos fazer o que gostaríamos que a nós fosse feito.
A Umbanda possui uma identidade própria e não se confunde com outras religiões ou cultos, embora a todos respeite fraternalmente, partilhando alguns princípios com muitos dele.
A Umbanda está a serviço da Lei Divina, e só visa ao Bem. Qualquer ação que não respeite o livre-arbítrio das criaturas, que implique em malefício ou prejuízo de alguém, ou se utilize de magia negativa, não é Umbanda.
A Umbanda não realiza, em qualquer hipótese, o sacrifício ritualístico de animais, nem utiliza quaisquer elementos destes em ritos, oferendas ou trabalhos.
A Umbanda não preceitua a colocação de despachos ou oferendas em esquinas urbanas, e sua reverência às Forcas da Natureza implica em preservação e respeito a todos os ambientes naturais da Terra.
Todo o serviço da Umbanda é de caridade, jamais cobrando ou aceitando retribuição de qualquer espécie por atendimento, consultas ou trabalhos mediúnicos. Quem cobra por serviço espiritual não é umbandista.

Denis Sant'Ana .'. \|/

Trabalho dos boiadeiros na umbanda...a prática da caridade!

Os Boiadeiros na Umbanda tem como papel fundamental participar nos grupos que recolhem espíritos sofredores, eguns, quiumbas, íncubus e súcubus que geram transtornos espirituais em suas vitimas do plano espiritual.
Seus laços formam campos de força que contem a energias destes espíritos e os prendem dentro deste campo possibilitando assim o resgate dos mesmos, para que possam de acordo com a sua necessidade serem reconduzidos a sua evolução natural dentro da Lei e da Justiça Divina.
Muitos afirmam que os boiadeiros são espíritos que já foram um exu por exemplo pelo fato de presenciarmos ações conjuntas entre exus e boiadeiros.
Estas ações se estendem para cidades, bairros, ruas como forma de descarrego de energias densas criadas por vibrações mentais no cotidiano, até os trabalhos de desobsessão nas casas espíritas e Umbandistas.
Os boiadeiros também tem um papel muito importante no equilíbrio psicoemocional dos participantes destas reuniões, onde auxiliam no equilíbrio das emoções desgovernadas muitas vezes reflexo dos ataques sofridos pelas obsessões complexas a seres individualmente ou mesmo a grupos de médiuns onde o ataque visa o desequilíbrio de um centro.
Nos resgates feitos nas esferas negativas os boiadeiros tem papel importante na criação e sustentação juntos com os exus de campos de contenção energética, pois nestas regiões os grupos de resgate costumam ser atacados pelo astral inferior e o papel dos boiadeiros é de suma importância no mesmo.
Enfim isso é um pouco da ação destes irmãos da luz que constantemente se manifestam nos terreiros de Umbanda, nas casas espíritas e ainda nos dias de hoje são poucos compreendidos.
Salve todos os boiadeiros...


Por: Géro Maita.
Créditos: Blog espiritualizando com a umbanda- (excelente blog)

Fé segundo o Evangelho espírita...

"Em lugar da fé cega que anula a liberdade de pensar, ele diz: Não há fé inquebrantável senão aquela que pode olhar a razão face a face em todas as épocas da Humanidade. À fé é necessária uma base, e essa base é a inteligência perfeita daquilo que se deve crer; para crer não basta ver, é necessário, sobretudo, compreender. A fé cega não é mais deste século; ora, é precisamente o dogma da fé cega que faz hoje o maior número de incrédulos, porque ela quer se impor e exige a adição de uma das mais preciosas faculdades do homem: o raciocínio e o livre arbítrio." (O Evangelho Segundo o Espiritismo.)

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Origem dos caboclos



Originalmente, a palavra Caboclo significa mestiço de Branco com Índio mas, na percepção umbandista, refere-se aos indígenas que em épocas remotas habitaram diversas partes do planeta, como civilizações aparentemente primitivas, mas na realidade de grande sabedoria. Espíritos que, embora em sua encarnações tenham vivido em outros países, identificam-se espiritualmente na vibração dos Caboclos, como por exemplo, os índios Americanos, os Astecas, os Maias, os Incas e demais indígenas que povoaram a América do Sul.
Falar em Caboclos na Umbanda, é fazer menção a todos eles que, com denominações diversas, atuam em nossos terreiros e que, com humildade, como muito bem recomenda a espiritualidade, omitem detalhes referentes às suas vidas quando encarnados.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Prece a Oxum....(2)


Oxum

 

Quando a tristeza invade meu peito
eu clamo Oxum!
Quando as lágrimas invadem meu rosto
eu clamo Oxum!
Quando a dor é maior que meu espírito
eu clamo Oxum!
Minha poderosa mãe do espelho e das águas
Minha rainha soberana da doçura e do amor
Tenha piedade dos que sofrem e choram
Que o tempo do teu rio se apresse
Em trazer a esperança e a alegria
Minha senhora dona dos céus azuis
Das pedras, dos seixos, da beleza
E das águas límpidas como a paz
Que o seu espelho revele a sorte
Nos meus passos errantes
Que suas mãos frágeis e delicadas
Sejam o conforto em minha caminhada
Que eu seja bendito no seu coração de mãe!

Ora iêiê ô minha mãe Oxum!

 

Prece a Oxum...



Oração a Oxum

Orá Iiê Iiê Oxum.Salve dourada Senhora da pele de ouro,
Benditas são suas águas,
e essas mesmas águas lavam meu ser,
e me livram do mal.

Oxum,
Divina Rainha, bela Orixá,
Venha a mim caminhando na lua cheia.
Traga Mãe, em suas mãos,
Os lírios do amor e da paz.

Torne-me doce, sedutora, suave, como és.
Mamãe Oxum, me proteja, Orixá.

Que o amor seja constante em minha vida.
Que eu possa amar a tudo que existe.
Me proteja contra as mandigas e feitiçarias.
Dê a mim o néctar da sua doçura.

Mãe de ouro,
da beleza e do amor,
Senhora do mais puro Axé,
Valha-me hoje e sempre.

Filhos de Oxum........

A Orixá Oxum transmite a seus filhos energia, vibração que esta relacionada com ela, portanto seus filhos acabam por ter a personalidade influenciada e manifesta tanto de maneira positiva como negativa.
As filhas e filhos da entidade Oxum, não se zangam com facilidades.
Não gostam de brigas.Não sabem recusar. Adoram crianças pequenas.
Algumas são ambiciosas, adoram o luxo, o conforto e a riqueza, julgam que para vencer na vida consiste em usar seus encantos para conseguir o que querem.
Feminina, sensual, ingênua, dócil e infantil, desejosa de curar, ajudar e cuidar dos fracos.
Afetividade, familiaridade, concordância, maternidade, altruísmo, tendo seu destacado lado inverso: maledicência, seu lado intrigante, hipócrita, mentirosa, interesseira.
É bom esclarecer que o comportamento também sofre a influência do orixá que faz a dualidade com ela e claro a cultura, educação e orientação individual.
Podemos acrescentar que são meigas, sedutoras, com voz suave, olhos brilhantes, sorriso alegre, um rosto inocente, mulheres sensuais como já disse e voluptuosas.
Os homens também sofrem o efeito desta energia quando ela faz polaridade com a entidade principal do homem, claro que existem muitos casos em que ela é a principal, pelo menos é a que tem a atuação mais forte, e, isto ocorre principalmente quando o homem é filho de determinados Oxalá, Ossaim, Odé, tornando-os pessoas extremamente emotivas, instáveis, inconstantes, podendo ser infiéis, levianos, fúteis.
Algumas filhos ou filhas são ingênuos, crédulas, infantis, preguiçosos, moles, indecisos,precisando sempre de um sacudidão.
Não se zangam com facilidades. Não gostam de brigas. Não sabem recusar. Mas se pegarem alguém para inimigo vão ao extremo. Tornando-se principalmente caluniadores e mentirosos.
Muito criativos e péssimos competidores. Trapaceiros.
As pessoas que sofrem a influência da energia Oxum, são pessoas muito apegadas a beleza física. Narcisistas.
Colocam a aparência em primeiro lugar.Gostam de serem observadas, são extremamente vaidosas.
Se preocupam com que os outros vão pensar e falar.
Quase sempre preveem acontecimentos futuros, distinguem sinceros amigos com simples trocas de palavras.
Muito sentimentais, ofendem-se com facilidade, mas não costumam expor suas feridas.
Gostam de trabalhos manuais onde sua adaptação é rápida e possa ser admirada pelos outros.
Inclinadas a arquitetura, às ciências ocultas, religiões, comércio, eletricidade, publicidade, culinária, desenho.
Meigas, mas rancorosas aos extremos.
Ciumentas em demasia.
Seu ponto fraco fisicamente são a garganta e o aparelho genito-urinário. Também neste ponto sofrem a influência negativa do orixá de parceria.
São de estatura mediana, corpo mais franzino que de outros orixás femininos e masculinos.
Possuidoras de grande sensibilidade espiritual, via de regra boas espiritualistas.

8 de Dezembro dia de Oxum- Nossa Senhora da Conceição

OXUM

Oxum genitora por excelência, ligada particularmente à procriação. Deusa das águas doces reina sobre os rios, também divindade do ouro e dos metais amarelos. Vaidosa, foi a segunda esposa de Xangô, tendo vivido anteriormente com Ogun, Orunmilaiá ,Odé Oxossi. Maternal, carinhosa e muito afeita às crianças, amante da beleza e do adorno.
Também é chamada de Iyálòóde, título conferido à pessoa que ocupa o lugar mais importante entre todas as mulheres da cidade.
Oxum representa a mãe da criação que toma conta dos filhos dos outros em gestação até o décimo sexto dia de nascimento.
Diz-se que ela é provedora, atende as necessidades dos outros e que, portanto, merece o reconhecimento dado a uma mãe :Rora Yeyé Gbémi! Mãe Grandiosa, Proteja-Me.
Orixá que recebe o nome de um rio da Nigéria, em Ijexá e Igebú.
Á Oxum pertence o ventre da mulher e ao mesmo tempo controla a fecundidade, por isso as crianças lhe pertencem.
Dona da água doce, gosta de usar colares, joias, brincos de ouro e tudo que se relaciona com a vaidade, flores, etc.
Poder claramente relacionado com a fecundidade, é personagem de um mito muito conhecido em que um simbolismo transparente mostra que mesmo Oxalá supera o tabu da menstruação para prosternar-se aos seus pés. Transformando em penas vermelhas o papagaio da costa, o sangue que gotejava do corpo de uma sacerdotisa.
Por um lado é a moça faceira e sedutora, por outro preside os mistérios femininos, a maternidade, a magia, profundezas da imaginação, a riqueza, crescimento e a fecundidade.
Oxum a estrela, mostrando sua luz na imensa escuridão da mente humana.
Oxum, a senhora das águas doces, e de parte das águas do mar, é a aiabá da beleza, da fertilidade, da feminilidade e do charme.
Poderosa rainha que conquistou o coração de Xangô também de Bará, ou Ogum, recebendo o nome de Ápara sendo muito semelhante com Iansã.
Dona de uma elegância e de uma astúcia surpreendente.
Dama da mais alta hierarquia.
Entidade da medicina curativa, madrinha da procriação e da gestação que toma sob sua proteção todos os seres humanos desde a concepção até que comecem a andar e adquirir conhecimento.
Evita abortos e complicação durante a gravidez.
Oxum é a água que produz todas as qualidades de som, a senhora do Ijexá.
A graciosa rainha, cuja idés de ouro imitavam o burburinho das cascatas.
Ela se vestia de ouro e de bronze, tinha dentes belos e era muito elegante e esperta.
Cantava muito lindo.
Quem queria ter dinheiro pedia a Oxum que ela dava.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

4 de Dezembro dia de Iansã....

Iansã é um Orixá feminino muito famoso no Brasil, sendo figura das mais populares entre os mitos da Umbanda e do Candomblé em nossa terra e também na África, onde é predominantemente cultuada sob o nome de Oiá. É um dos Orixás do Candomblé que mais penetrou no sincretismo da Umbanda, talvez por ser o único que se relaciona, na liturgia mais tradicional africana, com os espíritos dos mortos (Eguns), que têm participação ativa na Umbanda, enquanto são afastados e pouco cultuados no Candomblé. Em termos de sincretismo, costuma ser associada à figura católica de Santa Bárbara. Iansã costuma ser saudada após os trovões, não pelo raio em si (propriedade de Xangô ao qual ela costuma ter acesso), mas principalmente porque Iansã é uma das mais apaixonadas amantes de Xangô, e o senhor da justiça não atingiria quem se lembrasse do nome da amada. Ao mesmo tempo, ela é a senhora do vento e, conseqüentemente, da tempestade.
Nas cerimônias da Umbanda e do Candomblé, Iansã, ela surge quando incorporada a seus filhos, como autêntica guerreira, brandindo sua espada, e ao mesmo tempo feliz. Ela sabe amar, e gosta de mostrar seu amor e sua alegria contagiantes da mesma forma desmedida com que exterioriza sua cólera.
Como a maior parte dos Orixás femininos cultuados inicialmente pelos iorubás, é a divindade de um rio conhecido internacionalmente como rio Níger, ou Oiá, pelos africanos, isso, porém, não deve ser confundido com um domínio sobre a água.
A figura de Iansã sempre guarda boa distância das outras personagens femininas centrais do panteão mitológico africano, se aproxima mais dos terrenos consagrados tradicionalmente ao homem, pois está presente tanto nos campos de batalha, onde se resolvem as grandes lutas, como nos caminhos cheios de risco e de aventura - enfim, está sempre longe do lar; Iansã não gosta dos afazeres domésticos.
É extremamente sensual, apaixona-se com freqüência e a multiplicidade de parceiros é uma constante na sua ação, raramente ao mesmo tempo, já que Iansã costuma ser íntegra em suas paixões; assim nada nela é medíocre, regular, discreto, suas zangas são terríveis, seus arrependimentos dramáticos, seus triunfos são decisivos em qualquer tema, e não quer saber de mais nada, não sendo dada a picuinhas, pequenas traições. É o Orixá do arrebatamento, da paixão.
Foi esposa de Ogum e, posteriormente, a mais importante esposa de Xangô. é irrequieta, autoritária, mas sensual, de temperamento muito forte, dominador e impetuoso. É dona dos movimentos (movimenta todos os Orixás), em algumas casas é também dona do teto da casa, do Ilê.
Iansã é a Senhora dos Eguns (espíritos dos mortos), os quais controla com um rabo de cavalo chamado Eruexim - seu instrumento litúrgico durante as festas, uma chibata feita de rabo de um cavalo atado a um cabo de osso, madeira ou metal.
É ela que servirá de guia, ao lado de Obaluaiê, para aquele espírito que se desprendeu do corpo. É ela que indicará o caminho a ser percorrido por aquela alma. Comanda também a falange dos Boiadeiros.
Duas lendas se formaram, a primeira é que Iansã não cortou completamente relação com o ex-esposo e tornou-se sua amante; a segunda lenda garante que Iansã e Ogum, tornaram-se inimigos irreconciliáveis depois da separação.
Iansã é a primeira divindade feminina a surgir nas cerimônias de cultos afro-brasileiros.
Deusa da espada do fogo, dona da paixão, da provocação e do ciúme. Paixão violenta, que corrói, que cria sentimentos de loucura, que cria o desejo de possuir, o desejo sexual. É a volúpia, o clímax. Ela é o desejo incontido, o sentimento mais forte que a razão. A frase estou apaixonado, tem a presença e a regência de Iansã, que é o orixá que faz nossos corações baterem com mais força e cria em nossas mentes os sentimentos mais profundos, abusados, ousados e desesperados. É o ciúme doentio, a inveja suave, o fascínio enlouquecido. É a paixão propriamente dita. É a falta de medo das conseqüências de um ato impensado no campo amoroso. Iansã rege o amor forte, violento.

 
Atribuições Uma de suas atribuições é colher os seres fora-da-Lei e, com um de seus magnetismos, alterar todo o seu emocional, mental e consciência, para, só então, redirecioná-lo numa outra linha de evolução, que o aquietará e facilitará sua caminhada pela linha reta da evolução.
 
As Características Dos Filhos De Iansã
 
Seu filho é conhecido por seu temperamento explosivo. Está sempre chamando a atenção por ser inquieto e extrovertido. Sempre a sua palavra é que vale e gosta de impor aos outros a sua vontade. Não admite ser contrariado, pouco importando se tem ou não razão, pois não gosta de dialogar. Em estado normal é muito alegre e decidido. Questionado torna-se violento, partindo para a agressão, com berros, gritos e choro. Tem um prazer enorme em contrariar todo tipo de preconceito. Passa por cima de tudo que está fazendo na vida, quando fica tentado por uma aventura. Em seus gestos demonstra o momento que está passando, não conseguindo disfarçar a alegria ou a tristeza. Não tem medo de nada. Enfrenta qualquer situação de peito aberto. É leal e objetivo. Sua grande qualidade, a garra, e seu grande defeito, a impensada franqueza, o que lhe prejudica o convívio social.
Iansã é a mulher guerreira que, em vez de ficar no lar, vai à guerra. São assim os filhos de Iansã, que preferem as batalhas grandes e dramáticas ao cotidiano repetitivo.
Costumam ver guerra em tudo, sendo portanto competitivos, agressivos e dados a ataques de cólera. Ao contrário, porém, da busca de certa estratégia militar, que faz parte da maneira de ser dos filhos de Ogum, os filhos de Iansã costumam ser mais individualistas, achando que com a coragem e a disposição para a batalha, vencerão todos os problemas.
São fortemente influenciados pelo arquétipo da deusa aquelas figuras que repentinamente mudam todo o rumo da sua vida por um amor ou por um ideal. Talvez uma súbita conversão religiosa, fazendo com que a pessoa mude completamente de código de valores morais e até de eixo base de sua vida, pode acontecer com os filhos de Iansã num dado momento de sua vida.
Da mesma forma que o filho de Iansã revirou sua vida uma vez de pernas para o ar, poderá novamente chegar à conclusão de que estava enganado e, algum tempo depois, fazer mais uma alteração - tão ou mais radical ainda que a anterior.
São de Iansã, aquelas pessoas que podem ter um desastroso ataque de cólera no meio de uma festa, num acontecimento social, na casa de um amigo - e, o que é mais desconcertante, momentos após extravasar uma irreprimível felicidade, fazer questão de mostrar, à todos, aspectos particulares de sua vida.
Os Filhos de Iansã são atirados, extrovertidos e chocantemente diretos. Às vezes tentam ser maquiavélicos ou sutis, mas, a longo prazo, um filho de Iansã sempre acaba mostrando cabalmente quais seus objetivos e pretensões.
Têm uma tendência a desenvolver vida sexual muito irregular, pontilhada por súbitas paixões, que começam de repente e podem terminar mais inesperadamente ainda. Se mostram incapazes de perdoar qualquer traição - que não a que ele mesmo faz contra o ser amado. Enfim, seu temperamento sensual e voluptuoso pode levá-las a aventuras amorosas extraconjugais múltiplas e freqüentes, sem reserva nem decência, o que não as impede de continuarem muito ciumentas dos seus maridos, por elas mesmas enganados. Mas quando estão amando verdadeiramente são dedicadas a uma pessoa são extremamente companheiras.
Todas essas características criam uma grande dificuldade de relacionamentos duradouros com os filhos de Iansã. Se por um lado são alegres e expansivos, por outro, podem ser muito violentos quando contrariados; se têm a tendência para a franqueza e para o estilo direto, também não podem ser considerados confiáveis, pois fatos menores provocam reações enormes e, quando possessos, não há ética que segure os filhos de Iansã, dispostos a destruir tudo com seu vento forte e arrasador.
Ao mesmo tempo, costumam ser amigos fiéis para os poucos escolhidos ara seu círculo mais íntimo.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Trecho do livro: " Amor Cigano"- Liberdade do povo cigano

"Não temos pátria - falava ele sempre em suas preleções, _ " portanto, não temos nacionalidade fixa. Nascemos em qualquer lugar e morremos em qualquer lugar. Não procuramos nada, senão viver. Vivamos, pois, obedecendo às nossas leis, sem intervir nas dos outros. Obedeçamos às suas, para que as nossas sejam respeitadas. Já fomos caçados, taxados de ladrões e tidos como seres vis. Até agora sobrevivemos a tudo isso. Sejamos mansos. Que  as nossas turras sejam nossas e decididas entre nós, até na ponta do punhal. Mas não, nos imiscuemos nas normas dos lugares onde pararmos."


Trecho do livro: "Amor Cigano"
Luiz Carlos Carneiro
Espirítos: Amedée Achard e Prosper Merimée
(Célio e Nara)

Depoimentos de um suícida...parte 2


DEPOIMENTOS DE SUICIDAS
MESMO DESILUDIDOS, É PRECISO VIVER
NO HOSPITAL DE MARIA, NO PLANO ESPIRITUAL

Não existe olhar mais tristonho que o de remorsos, e por ali era só o que víamos. Aproximei-me de uma jovem que se havia atirado do alto de um edifício. Ela caminhava devagar; observando-a, pareceu-me estranha: era como se ela fosse de porcelana e houvesse trincado. Nas partes em que sofrera fratura no corpo físico, apresentava ainda dificuldade de movimentos.
Sorri. Meio envergonhado, retribuiu-me o sorriso, iniciando a conversação:
- És suicida?
- Não, não sou. Aqui me encontro em estudo.
Com triste expressão, falou:
- Deve ser muito bom vir até aqui na condição de estudante.
- Por que se suicidou?
- Fui abandonada pelo namorado e julguei que sem ele não suportaria viver.
- Irmã, há quanto tempo isso aconteceu?
- Há dez anos. O remorso me corrói o espírito. Muitas vezes me apalpo, procurando em mim algo que possa interromper a vida. Parece-me que desde aquele terrível dia jamais minha mente cessou de trabalhar; é um desespero constante. Por mais que eu receba ajuda, sinto-me consciente a cada momento do meu gesto impensado. Como é mesmo o teu nome?
- Luiz Sérgio falei, estendendo minha mão em sinal de sincera amizade.
- Luiz Sérgio, não sei por que não existe na Terra campanhas de esclarecimento sobre o suicídio.
Fala-se tanto em aborto, em assassinato, em furto, mas ninguém se lembra de alertar sobre o pior dos crimes. Vamos até o jardim, sinto-me ainda muito cansada, lá saberás tudo.
Bem alojados sob um belo caramanchão florido, esperei pacientemente que ela iniciasse o relato:
- Tinha eu quinze anos quando conheci Alexandre. Foi amor à primeira vista: apaixonamo-nos, um pelo outro. Inebriante, entregamos-nos intimamente e, quando percebi, eu não era mais a querida namorada e sim a mulher da qual ele vinha se cansando. Fui ficando ciumenta, desesperada, insegura, e as minhas reclamações o cansavam cada vez mais. Um dia ameacei-o de contar tudo a meu pai. Olhando- me firmemente, redarguiu: Não foste forte e cuca livre para assumir um caso? Então, tem agora dignidade pra compreender que tudo acabou. Foi belo enquanto durou. Nem podes, Luiz, imaginar o que me aconteceu.
Ele tinha razão: eu não estava preparada para uma entrega tão íntima. Qualquer mulher, quando chega a uma situação como essa, precisa estar despojada de preconceitos e eu sempre sonhara entrar de braços dados com meu pai em uma igreja florida e o meu príncipe me esperando no altar com o olhar de homem apaixonado.
- Então, por que você iniciou essa aventura?
- Paixão e falta de coragem para negar.
- Mas hoje, Lucy, as menininhas estão indo nessa e, muitas se casando apenas por casar. Nem sempre a orientação sobre liberdade é a correta e assim vários jovens estão se vendo presos em uma rede de remorsos. Mas e depois? Conte minha irmã, eu a interrompi.
- Alexandre começou a me evitar. Bastava eu chegar onde ele estivesse, para que se retirasse. Um dia fui procurá-lo em sua casa e lá encontrei uma jovem de minha idade, que me foi apresentada como sua noiva. Abafei um grito em meu peito, tal a minha dor. Quando de lá saí, só desejava morrer. Chegando a casa, tomei a decisão e saltei, à procura da morte. Mas ela não existe e me vi estirada, toda moída, lá no asfalto. Perdi a noção do tempo; lembro-me apenas que uma velhinha sempre ficava ao meu lado, dando-me forca através da prece: era minha avozinha. Muitas vezes desejei levantar, mas podes imaginar alguém todo quebrado? Assim era a minha realidade. Pensei demais, ate que um dia minha avó ajudou-me a me erguer e, com dificuldade, conseguimos dali sair, chegando até um centro espírita. Graças às preces aos suicidas, recebemos um cartão que nos permitia um tratamento na própria casa. O meu sofrimento só cessaria quando eu tivesse setenta e cinco anos, época em que estava programado o meu desencarne natural.
- Irmã, por que tudo isso? Temos presenciado suicidas já conscientes, que não padeceram tanto.
- Luiz, muitos aprenderam a desencarnar, e depois, cada caso é um caso.
- E daí, Lucy? Pode continuar...
- Sim, faz-me muito bem recordar, principalmente os tratamentos nos grupos especializados. Ah, isso é ótimo! Gostaria de relatar. Éramos levados até o grupo mediúnico, pois que internados nos encontrávamos naquele Centro. Quando entrávamos na sala, muitos sentiam o odor forte, nós, principalmente, éramos atormentados com o cheiro dos nossos próprios corpos putrificados e, muitas vezes, tínhamos a impressão de que os vermes nos corroíam. O grupo mediúnico que prestava auxilio era composto de pessoas muito equilibradas, já que nós nos perdêramos por fraqueza. Não podes imaginar o alivio que experimentava o espírito de um suicida ao contato com um médium amoroso. Quando o mentor nos aproximava do médium, era como se o nosso espírito adormecesse, anestesiado pelos fluídos bons do encarnado, afastando-se de nós aquela desagradável sensação que vínhamos experimentando desde o instante do ato impensado. Muitos choravam quando eram retirados de juntos do médium; era como se nos tirassem o oxigênio. Luiz Sérgio existe tão poucos grupos que prestam ajuda aos suicidas! Para esses grupos, não são necessários médiuns de psicofonia, pois muitas vezes o suicida não deseja falar, almeja, apenas, deixar de sentir o desespero. Enganam-se aqueles que organizam grupo de auxilio ao suicida, somente com os chamados médiuns de incorporação. Os encarregados devem aproveitar aqueles que são ótimos auxiliares do Cristo, mas ainda esquecidos na Doutrina os médiuns doadores. Só o contato do doente com um médium equilibrado já o beneficia. E ali, Luiz Sérgio, permaneci muitos meses, até que um dia fui trazida até aqui, onde já me sinto curada. Sei, entretanto, que levarei de volta, quando reencarnar, um corpo doente, porque eu mesma o destruí e só o meu coração regenerado poderá curar-me.
Esforçava-se para não chorar. Segurei a mão de Lucy e, com os olhos orvalhados de lágrimas, falei-lhe:
- Minha querida irmã, jamais a esquecerei; sempre que eu puder, virei revê-la. Você representa também para mim uma mão estendida. Mão esta que precisou ser marcada pela dor, para voltar à vida.
- Obrigada, Luiz Sérgio, fico contente por ter-te conhecido. És muito bacana; a tua alegria me fez lembrar o passado, quando eu sonhava em ser feliz.
- Sonhava não, Lucy, sonha, porque como diz Ocaj: Não assassinemos as nossas realidades para não distanciarmos nossos sonhos.
Ela me fitou e pela primeira vez vi a esperança naqueles belos olhos azuis. Apertando bem forte sua mão, despedi-me. Caminhei, pensando: Deus, como sois poderoso em tão bem nos compreender. Se hoje nada desejamos, amanhã, em busca de algo nos encontraremos e assim, Pai, ides compreendendo as nossas fraquezas e não nos ofertando por ofertar e sim, quando , quando já adultos, soubermos o que desejamos. Hoje, Senhor, peço-Vos por todos aqueles que vivem duras e cruéis realidades e estão em vias de deixar tudo para trás através do suicídio. Fortalecei, Senhor, os Seus protetores para que possam segurar bem firme essas almas em desespero.
Que estas linhas possam chegar às mãos de todos aqueles que desesperados se encontram e que eles saibam que deste lado do horizonte existe alguém que todos os dias pede a Deus muita paz e muito amor para todos os seus irmãos.
Eu amos todos vocês, meus queridos amigos.

Mãos Estendidas Luiz Sérgio cap. V pág. 29

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Frase do dia

“Cuide, cultive, queira o bem? O resto vem!”
Caio Fernando Abreu


 

Trecho do livro: " Amor cigano"- Características ciganas

"...A tempestade continuou ainda por mais algumas horas, depois foi cessando e o dia amanheceu amarelado, com o sol ainda encoberto por nuvens....A chuva passara, deixando com ela enormes poças alastradas pelo local. Homens e mulheres desceram dos pesados veículos, espalhando-se para cuidarem de seus afazeres. Caldeirões foram postos a ferver para a primeira refeição do dia, tarefa essa aos cuidados das mulheres. Enquanto isso, os homens examinavam os eixos e rodas das carroças. Trajavam calças pretas e azuis enfiadas em altas botas de couro. Envolvendo-lhes a cintura, um pano vermelho. Camisas brancas de mangas compridas e folgadas, abotoadas no pulso e circundando-lhes a cabeça lenços também vermelhos adornado, alguns, com medalhas de ouro. Outros, ostentavam argolas de aros grandes pendentes das orelhas. As mulheres vestiam saias rodadas de cores variadas, blusas brancas rendadas, torços idênticos aos dos homens, enfeitados com medalhas e argolões nas orelhas..."

Descrição do pousar  repentino de um cigano em seu clã e características deste povo

Trecho do livro: "Amor Cigano"-Luiz Carlos Carneiro
Espiritos: Amedée Achard e Prosper Merimée
(Célio e Nara)

Mensagem de Padilha


quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Ponto cigano...


Mensagem Cigana- Ponto


Mensagem- Milagres

“Milagre é quando tudo conspira contra, mas Deus vem de mansinho e com um sopro leve muda o rumo dos ventos. É quando respirar vira quase um suspiro de alivio e a vida devolve o sorriso como forma de retribuição por todo sofrimento. É o instante teimoso que resiste bravamente a um duro percurso e mantém-se em pé amparado pela força divina. É a decisão que escapa de nossas mãos, mas que antes de cair agarra-se com toda força a uma segunda chance. Milagre é o improvável gesto de carinho que impulsiona o ser humano a não deixar de acreditar.”

terça-feira, 27 de novembro de 2012

O poder das castanholas ciganas...


Quando a cigana ou cigano toca as castanholas estão trabalhando os elementais da terra e também evocando os grandes ciganos tocadores deste instrumento.
Fazem com que a festa que estejam sejam abertos os portais para os guardiães protetores, tiram as negatividades e fazem com que o sentimento de alegria e amor sejam fluentes e invadam corpos e mentes das pessoas que estejam participando do bródio.



domingo, 25 de novembro de 2012

Cigana do pandeiro


Olhos ciganos: grandioso mistério!

 
"Os olhos ciganos são pérolas negras reluzentes, carregados de mistério e desconfiança. Olhos vívidos e expressivos, cujo fitar, revela uma peculiar diferença dos olhos dos outros homens. Cigano não olha, simplesmente move as pestanas e mira...Mirada que descortina os mais secretos pensamentos. Nos olhos ciganos há um mistério incontestável na estranha expressão de fitar..que traspassa o âmago de um povo profético. Os olhos ciganos são a marca inimitável de um povo livre e honrado, que nunca declarou guerra, para ocupar terra nenhuma. No mundo e com o mundo, os ciganos vão girando..levando o enigmático olhar, o silêncio do saber gitano..Inconfundível, Intransferível..Eterno. "
 
Extraído do blog: " No mundo de Luna Kali"
 

Frase do dia- Cora Coralina

“Recria tua vida, sempre, sempre. Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.”


―Cora Coralina


sábado, 24 de novembro de 2012

Esclarecimento sobre o possível fim do mundo- Ou final de um ciclo?!



"...2012 vêm com a mensagem sobre o fim de uma era e o início de outra. Para que algo renasça, é necessário que, antes, tenha morrido. Morrer significa deixar o corpo físico. Como não vamos abandoná-lo, a idéia seria transmutar, começar de novo a nossa história, porém, agora, utilizando todas as facilidades de crescimento e conscientização que conseguimos através de nosso esforço e trabalho durante todas nossas existências, em uma série de mortes e renascimentos. Minguante,,, vamos esvaziar nossa taça de tudo o que é desnecessário ou até prejudicial, porém, vamos utilizar e recuperar a bagagem útil e necessária que conquistamos ao longo de nossa longa caminhada.

Vamos adentrar esta nova era com todas as ferramentas conquistadas: força, coragem, sabedoria, alegria, tranqüilidade e sobretudo... AMOR, porque, esta, é a maior mensagem da nossa primeira mãe, a ÁGUA..."

Trecho do Blog Despertar da Bruxa, sobre o Término do ano de 2012, esclarecendo os  aspectos sobre o possível fim do mundo.

Mensagem- Amor Cósmico


Amor Cósmico

                                                   Oliveira de Panelas

E a terra era, criancinha ainda,
quando eu comecei te amar.
Eu venho dos anos, das eras,
que longe se acham daqui.
Contigo cantei a canção, no espaço maior,
em forma de luzes de um mundo melhor,
mas foi necessário partir.
Eu lembro da primeira vez que te vi,
milênios de instantes de mim para ti.
Num sol paralelo de imensidão, estamos aqui.
Viemos de longe, do largo, do alto, profundo...
Cercado de inícios de todos os mundos,
sem poder parar.
E a terra era criancinha ainda,
quando eu comecei te amar.
Partimos maneiros, ligeiros,
qual luzes brincando com fogo no ar
E a terra era criancinha ainda,
quando eu comecei te amar.
Jurei a promessa de minha missão,
que quando estivesse contigo no chão,
pagaria toda promessa que fiz.
Então desse amor que nasceu de nós dois,
que nasça outros grandes amores depois,
sementes plantadas para um mundo feliz.
Num processo lindo que te conheci,
mil razões eu tenho pra não te deixar.
Na vida eu estou, da vida eu saí,
na vida eu irei te encontrar.
E a terra era, criancinha ainda,
quando eu comecei te amar.

Créditos blog: Despertar da Bruxa

Homenagem a Vó Maria!



"Um galhinho de arruda
A vovó me deu
Um galhinho de arruda
Pra me proteger
Eu agradeço a essa linda Preta Velha
Um galhinho de arruda
Ela me ofereceu
Eu agradeço a essa linda Preta Velha
Pois em suas orações
Ela nunca me esqueceu..."


Homenagem a minha querida e sempre lembrada Vó Maria, que ondes estejas estas comigo...Aos seus conselhos amigos, sua proteçãoe seu amor...minha querida vozinha!

Luz, paz, fé, amor e caridade!

terça-feira, 20 de novembro de 2012

20 DE NOVEMBRO DIA DE ZUMBI- CONCIÊNCIA NEGRA NO BRASIL


Quem foi Zumbi e realizações

Zumbi dos Palmares nasceu no estado de Alagoas no ano de 1655. Foi um dos principais representantes da resistência negra à escravidão na época do Brasil Colonial. Foi líder do Quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos das fazendas. O Quilombo dos Palmares estava localizado na região da Serra da Barriga, que, atualmente, faz parte do município de União dos Palmares (Alagoas). Na época em que Zumbi era líder, o Quilombo dos Palmares alcançou uma população de aproximadamente trinta mil habitantes. Nos quilombos, os negros viviam livres, de acordo com sua cultura, produzindo tudo o que precisavam para viver.

Embora tenha nascido livre, foi capturado quando tinha por volta de sete anos de idade. Entregue a um padre católico, recebeu o batismo e ganhou o nome de Francisco. Aprendeu a língua portuguesa e a religião católica, chegando a ajudar o padre na celebração da missa. Porém, aos 15 anos de idade, voltou para viver no quilombo.

No ano de 1675, o quilombo é atacado por soldados portugueses. Zumbi ajuda na defesa e destaca-se como um grande guerreiro. Após um batalha sangrenta, os soldados portugueses são obrigados a retirar-se para a cidade de Recife. Três anos após, o governador da província de Pernambuco aproxima-se do líder Ganga Zumba para tentar um acordo, Zumbi coloca-se contra o acordo, pois não admitia a liberdade dos quilombolas, enquanto os negros das fazendas continuariam aprisionados.

Em 1680, com 25 anos de idade, Zumbi torna-se líder do quilombo dos Palmares, comandando a resistência contra as topas do governo. Durante seu “governo” a comunidade cresce e se fortalece, obtendo várias vitórias contra os soldados portugueses. O líder Zumbi mostra grande habilidade no planejamento e organização do quilombo, além de coragem e conhecimentos militares.

O bandeirante Domingos Jorge Velho organiza, no ano de 1694, um grande ataque ao Quilombo dos Palmares. Após uma intensa batalha, Macaco, a sede do quilombo, é totalmente destruída. Ferido, Zumbi consegue fugir, porém é traído por um antigo companheiro e entregue as tropas do bandeirante. Aos 40 anos de idade, foi degolado em 20 de novembro de 1695.

domingo, 18 de novembro de 2012

A tristeza dos orixás...



Foi, não há muito tempo atrás, que essa história aconteceu. Contada aqui de uma forma romanceada, mas que trás em sua essência, uma verdadeira mensagem para os umbandistas.

Ela começa em uma noite escura e assustadora, daquelas de arrepiar os pelos do corpo. Realmente o Sol tinha se escondido nesse dia, e a Lua, tímida, teimava em não iluminar com seus encantadores raios, brilhosos como fios de prata, a morada dos Orixás. Nessa estranha noite, Ogum, o Orixá das “guerras”, saiu do alto ponto onde guarda todos os caminhos e dirigiu–se ao mar. Lá chegando, as sereias começaram a cantar e os seres aquáticos agitaram–se. Todos adoravam Ogum, ele era tão forte e corajoso. Iemanjá que em nele um filho querido, logo abriu um sorriso, aqueles de mãe “coruja” quando revê um filho que há tempos partiu de sua casa, mas nunca de sua eterna morada dentro do coração:

- Ah Ogum, que saudade, já faz tanto tempo! Você podia vir visitar mais vezes sua mãe, não é mesmo? – ralhou Iemanjá, com aquele tom típico de contrariedade.
- Desculpe, sabe, ando meio ocupado – Respondeu um triste Ogum.
- Mas, o que aconteceu? Sinto que estás triste.
- É, vim até aqui para “desabafar” com você “mãezinha”. Estou cansado! Estou cansado de muitas coisas que os encarnados fazem em meu nome. Estou cansado com o que eles fazem com a “espada da Lei” que julgam carregar. Estou cansado de tanta demanda. Estou muito mais cansado das “supostas” demandas, que apenas existem dentro do íntimo de cada um deles… Estou cansado…

Ogum retirou seu elmo, e por de trás de seu bonito capacete, um rosto belo e de traços fortes pôde ser visto. Ele chorava. Chorava uma dor que carregava há tempos. Chorava por ser tão mal compreendido pelos filhos de Umbanda. Chorava por ninguém entender, que se ele era daquele jeito, protetor e austero, era porque em seu peito a chama da compaixão brilhava. E se existe um Orixá leal, fiel e companheiro, esse Orixá é Ogum. Ele daria a própria Vida por cada pessoa da humanidade, não apenas pelos filhos de fé. Não! Ogum amava a humanidade, amava a Vida. Mas infelizmente suas atribuições não eram
realmente entendidas. As pessoas não viam em sua espada, a força que corta as trevas do ego, e logo a transformavam em um instrumento de guerra. Não vinham nele a potência e a força de vencer os abismos profundos, que criam verdadeiros vales de trevas na alma de todos. Não vinham em sua lança, à direção que aponta para o autoconhecimento, para iluminação interna e eterna. Não! Infelizmente ele era entendido como o “Orixá da Guerra”, um homem impiedoso que utiliza–se de sua espada para resolver qualquer situação.

E logo, inspirados por isso, lá iam os filhos de fé esquecer os trabalhos de assistência a espíritos sofredores, a almas perdidas entre mundos, aos trabalhos de cura, esqueciam do amor e da compaixão, sentimentos básicos em qualquer trabalho espiritual, para apenas realizaram “quebras e cortes” de demandas, muitas das quais nem mesmo existem, ou quando existem, muitas vezes são apenas reflexos do próprio estado de espírito de cada um. E mais, normalmente, tudo isso torna–se uma guerra de vaidade, um show “pirotécnico” de forças ocultas. Muita “espada”, muito “tridente”, muitas “armas”, pouco coração, pensamento elevado e crescimento espiritual. Isso magoava Ogum. Como magoava:

- Ah, filhos de Umbanda, por que vocês esquecem que Umbanda é pura e simplesmente amor e caridade? A minha espada sempre protege o justo, o correto, aquele que trabalha pela luz, fiando seu coração em Olorum. Por que esquecem que a Espada da Lei só pode ser manuseada pela mão direita do amor, insistindo em empunhá-la com a mão esquerda da soberba, do poder transitório, da ira, da ilusão, transformando–a em apenas mais uma espada semeadora de tormentos e destruição.

Então, Ogum começou a retirar sua armadura, que representava a proteção e firmeza no caminho espiritual que esse Orixá traz para nossa vida. E totalmente nu ficou frente à Iemanjá. Cravou sua espada no solo. Não queria mais lutar, não daquele jeito. Estava cansado…

Logo um estrondo foi ouvido e o querido, mas também temido Tatá Omulu apareceu. E por incrível que pareça o mesmo aconteceu. Ele não agüentava mais ser visto como uma divindade da peste e da magia negativa. Não entendia como ele, o guardião da Vida podia ser invocado para atentar contra Ela. Magoava–se por sua falange da morte, que é o princípio que a tudo destrói, para que então a mudança e a renovação aconteçam ser tão temida e mal compreendida pelos homens. Ele também deixou sua Falange aos pés de Iemanjá, e retirou seu manto escuro como a noite. Logo via–se o mais lindo dos Orixás,
aquele que usa uma cobertura para não cegar os seus filhos com a imensa luz de amor e paz que se irradia de todo seu ser. A luz que cura, a luz que pacifica aquela que recolhe todas as almas que se perderam na senda do Criador. Infelizmente os filhos de fé esquecem disso…

Mas o mais incrível estava por acontecer. Uma tempestade começou a desabar aumentando ainda mais o aspecto incrível e tenebroso daquela estranha noite. E todos os outros Orixás começaram a aparecer, para logo, começarem também a despir suas vestimentas sagradas, além de deixarem ao pé de Iemanjá suas armas e ferramentas simbólicas. Faziam isso em respeito a Ogum e Omulu, dois Orixás muito mal compreendidos pelos umbandistas. Faziam isso por si próprios. Iansã queria que as pessoas entendessem que seus ventos sagrados são o sopro de Olorum, que espalha as sementes de luz do seu amor. Oxossi queria ser reverenciado como aquele que, com flechas douradas de conhecimento, rasga as trevas da ignorância. Egunitá apagou seu fogo encantador, afinal, ninguém se lembrava da chama que intensifica a fé e a espiritualidade. Apenas daquele que devora e destrói. Os vícios dos outros, é claro. Um a um, todos foram despindo–se e pensando quanto os filhos de Umbanda compreendiam erroneamente os Orixás.

Iemanjá, totalmente surpresa e sem reação, não sabia o que fazer. Foi quando uma irônica gargalhada cortou o ambiente. Era Exu. O controvertido Orixá das encruzilhadas, o mensageiro, o guardião, também chegava para a reunião, acompanhado de Pombagira, sua companheira eterna de jornada. Mas os dois estavam muito diferentes de como normalmente apresentam–se. Andavam curvados, como que segurando um grande peso nas costas. Tinham na face, a expressão do cansaço. Mas, mesmo assim, gargalhavam muito. Eles nunca perdiam o senso de humor!E os dois também repetiram aquilo que todos os Orixás foram fazer na casa de Iemanjá. Despiram–se de tudo. Exu e Pombagira, sem dúvida, eram os que mais razões tinham de ali estarem. Inúmeros eram os absurdos cometidos por encarnados em nome deles. Sem contar o preconceito, que o próprio umbandista ajudou a criar, dentro da sociedade, associando–o a figura do Diabo:
- Hahaha, lamentável essa situação, hahaha, lamentável! – Exu chorava, mas Exu continuava a sorrir. Essa era a natureza desse querido Orixá.

Iemanjá estava desesperada! Estavam todos lá, pedindo a ela um conforto. Mas nem mesmo a encantadora Rainha do Mar sabia o que fazer:
- Espere! – pensou Iemanjá – Oxalá, Oxalá não está aqui! Ele com certeza saberá como resolver essa situação. E logo Iemanjá colocou–se em oração, pedindo a presença daquele que é o Rei entre os Orixás. Oxalá apresentou–se na frente de todos. Trazia seu opaxorô, o cajado que sustenta o mundo. Cravou ele na Terra, ao lado da espada de Ogum. Também despiu–se de sua roupa sagrada, pra igualar–se a todos, e sua voz ecoou pelos quatro cantos do Orun:

- Olorum manda uma mensagem a todos vocês meus irmãos queridos! Ele diz para que não desanimem, pois, se poucos realmente os compreendem, aqueles que assim o fazem, não medem esforços para disseminar essas verdades divinas. Fechem os olhos e vejam, que mesmo com muita tolice e bobagem relacionada e feita em nossos nomes, muita luz e amor também está sendo semeado, regado e colhido, por mãos de sérios e puros trabalhadores nesse às vezes triste, mas abençoado planeta Terra. Esses verdadeiros filhos de fé que lutam por uma Umbanda séria, sem os absurdos que por aí acontecem. Esses que muito além de “apenas” prestarem o socorro espiritual, plantam as sementes do amor dentro do coração de milhares de pessoas. Esses que passam por cima das dificuldades materiais, e das pressões espirituais, realizando um trabalho magnífico, atendendo milhares na matéria, mas também, milhões no astral, construindo verdadeiras “bases de luz” na crosta, onde a espiritualidade e religiosidade verdadeira irão manifestar-se. Esses que realmente nos compreendem e buscam–nos dentro do coração espiritual, pois é lá que o verdadeiro Orun reside e existe. Esses incríveis filhos de umbanda, que não colocam as responsabilidades da vida deles em nossas costas, mas sim, entendem que tudo depende exclusivamente deles mesmos. Esses fantásticos trabalhadores anônimos, soltos pelo Brasil, que honram e enchem a Umbanda de alegria, fazendo a filhinha mais nova de Olorum brilhar e sorrir…
Quando Oxalá calou–se os Orixás estavam mudados. Todos eles tinham suas esperanças recuperadas, realmente viram que se poucos os compreendiam grande era o trabalho que estava sendo realizado, e talvez, daqui algum tempo, muitos outros se juntariam nesse ideal. E aquilo alegrou–os tanto que todos começaram a assumir suas verdadeiras formas, que são de luzes fulgurantes e indescritíveis. E lá, do plano celeste, brilharam e derramaram–se em amor e compaixão pela humanidade.

Em Aruanda, os caboclos, pretos–velhos e crianças, o mesmo fizeram. Largaram tudo, também se despiram e manifestaram sua essência de luz, sua humildade e sabedoria comungando a benção dos Orixás. Na Terra, baianos, marinheiros, boiadeiros, ciganos e todos os povos de Umbanda, sorriam. Aquelas luzes que vinham lá do alto os saudavam e abençoavam seus abnegados e difíceis trabalhos. Uma alegria e bem–aventurança incríveis invadiram seus corações. Largaram as armas. Apenas sorriam e abraçavam–se. O alto os abençoava…
Mas, uma ação dos Orixás nunca fica limitada, pois é divina, alcançando assim, a tudo e a todos. E lá no baixo astral, aqueles guardiões e guardiãs da lei nas trevas também foram alcançados pelas luzes Deles, os Senhores do Alto. Largaram as armas, as capas, e lavaram suas sofridas almas com aquele banho de luz. Lavaram seus corações, magoados por tanta tolice dita e cometida em nome deles. Exus e Pombagiras, naquele dia foram tocados pelo amor dos Orixás, e com certeza, aquilo daria força para mais muitos milênios de lutas insaciáveis pela Luz. Miríades de espíritos foram retirados do baixo–astral, e pela vibração dos Orixás puderam ser encaminhados novamente à senda que leva ao Criador.
E na matéria toda a humanidade foi abençoada. Aos tolos que pensam que Orixás pertencem a uma única religião ou a um povo e tradição, um alerta. Os Orixás amam a humanidade inteira, e por todos olham carinhosamente. Aquela noite que tinha tudo para ser uma das mais terríveis de todos os tempos, tornou–se benção na vida de todos. Do alto ao embaixo, da esquerda até a direita, as egrégoras de paz e luz deram as mãos e comungaram daquele presente celeste, vindo diretamente do Orun, a morada celestial dos Orixás.

Vocês, filhos de Umbanda, pensem bem! Não transformem a Umbanda em um campo de guerra, onde os Orixás são vistos como “armas” para vocês acertarem suas contas terrenas. Muito menos se esqueçam do amor e compaixão, chaves de acesso ao mistério de qualquer um deles. Umbanda é simples, é puro sentimento, alegria e razão. Lembrem–se disso. E quanto a todos aqueles, que lutam por uma Umbanda séria, esclarecida e verdadeira, independente da linha seguida, lembrem–se das palavras de Oxalá ditas linhas acima. Não desanimem com aqueles que vos criticam, não fraquejem por aqueles que não têm olhos para ver o brilho da verdadeira espiritualidade. Lembrem–se que vocês também inspiram e enchem os Orixás de alegria e esperança. A todos, que lutam pela Umbanda nessa Terra de Orixás, esse texto é dedicado. Honrem–los.

Sejam luz, assim como Eles! Exe ê o babá.


Autoria Espiritual: Vovó Maria Conga
Transcritor: Humilde e desconhecido
Local: Algum terreiro da Bahia

Extraído do blog: "Estuda da umbanda"