terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Suicídio



Tem o homem o direito de dispor de sua vida?

Não; só a Deus assiste esse direito. O suicídio voluntário importa numa transgressão desta lei. Suicídio... Uma das mais terríveis palavras do dicionário humano... Pronunciada, "afunda o chão em sete palmos", como diziam os antigos, ao se referirem às coisas mais sinistras da vida. Só Deus dispõe ao direito à vida, por intermédio de suas leis, lembram os Instrutores Espirituais, ao ser ventilado, na Codificação, o assunto. Estudaremos o doloroso tema com a esperança de que seja ele um incentivo à vida, por mais difícil se nos afigure ela, partindo dos seguintes pontos: a) Causas freqüentes do suicídio: • Falta de fé • Orgulho ferido • Esgotamento nervoso • Loucura • Tédio da vida • Moléstias consideradas incuráveis • Indução de terceiros, encarnados ou desencarnados b) Quadro geral dos desertores da vida, no plano espiritual: Relatos de antigos suicidas e obras especializadas, de origem mediúnica, falam-nos, inclusive, de vales sinistros, onde se congregam, em tétricas sociedades, os que sucumbiram no auto-extermínio. Nessa regiões, indescritíveis na linguagem humana, os quadros são terríveis. Visão constante das cenas do suicídio, seu e de outrem. Recordação aflitiva dos familiares, do lar distante, dolorosamente perdidos Saudade da vida - vida que o próprio suicida não soube valorizar, por lhe haver faltado um pouco mais de confiança na ajuda de Deus, que tem sempre o momento adequado para chegar... Outras vezes, solidão, trevas, pesadelos horrendos, com a sensação, da parte do infeliz, de que se encontra "num deserto , onde os gritos e gemidos têm ressonâncias tétricas". Os mais variados efeitos psicológicos e as mais diversas repercussões morais tornam a presença do suicida, no mundo espiritual, um autêntico inferno, onde estagiará, não sabemos quanto tempo, tudo dependendo de uma série de fatores que não temos condições de aprofundar, eis que inerentes à própria Lei de Justiça. Ataques de entidades cruéis. Acusações e blasfêmias. Sevícias e sinistras gargalhadas povoam a longa noite dos que não tiveram coragem para enfrentar o tédio, o desamor, a calúnia, a desventura... Se pudessem os homens levantar uma nesga da vida espiritual e olhar, a distância, as cenas de torturante sofrimento a que são submetidos os suicidas, diminuiriam, por certo, as estatísticas. c) Conseqüências em futuras encarnações: Se a tortura do Espírito, após o suicídio, é horrível, seu retorno ao mundo terreno, pela reencarnação, far-se-á na base das mais duras penas. Reencarnações frustradas, isto é, que se interromperão quando maior for o desejo de viver, o "anseio de vida"- vida esta que ele não teve fé suficiente para valorizar. Os que se envenenaram, conforme os tóxicos de que se valeram , renascem trazendo as afecções valvulares, os achaques do aparelho digestivo, as doenças do sangue e as disfunções endocrínicas, tanto quanto outros males de etiologia obscura; os que incendiaram a própria carne amargam as agruras de terríveis doenças dermatológicas, como o fogo selvagem e a ictiose; os que se asfixiaram, seja no leito das águas ou nas correntes de gás, exibem processos mórbidos das vias respiratórias, como o caso de enfisemas ou de cistos pulmonares; os que se enforcaram carreiam consigo os dolorosos distúrbios do sistema nervoso, como sejam as neoplasias diversas e a paralisia cerebral infantil; os que estilhaçaram o crânio, ou deitaram a própria cabeça sob rodas destruidoras, experimentam desarmonias da mesma espécie, notadamente as que se relacionam com o cretinismo, e os que se atiraram de grande altura reaparecem portando os padecimentos da distrofia muscular progressiva ou inflamações do tecido ósseo. Segundo o tipo de suicídio, direto ou indireto, surgem as distonias orgânicas derivadas, que correspondem a diversas calamidades congênitas, inclusive a mutilação e o câncer, a surdez e a mudez, a cegueira e a loucura, a representarem terapêutica providencial na cura da alma". (Emmanuel)

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