terça-feira, 12 de junho de 2012



Ciganos e boiadeiros

Logo depois dos caboclos e pretos velhos, em geral, as entidades que os seguem em nível de evolução próximo são os boiadeiros (que habitualmente respondem na linha do Oriente e na linha de Xangô).

Os boiadeiros são os melhores representantes do peão, do homem do campo que se dedica à lavoura e à pecuária. Em geral, grande parte dos boiadeiros vem das grandes fazendas do Norte e Nordeste de outrora, o tempo da fartura e das criações de grandes pastos. Eles cantam canções antigas, que remetem a uma vida mais simples e ao trabalho ensinando-nos a força que ele tem. Sua principal lição é que a maior das magias e o maior dos milagres são feitos com a força de vontade de cada um.

Os ciganos, por sua vez, embora muito conhecidos e dos quais muitos já ouviram falar, por vezes se vêem confundidos com exus, pombagiras, malandros e kiumbas.

A questão é que os ciganos, nas casas de Umbanda, são muitas vezes incompreendidos, pois têm comportamento próprio, linguajar peculiar e uma moral que seguem a todo custo, difícil de assimilar por muitas vezes a nossa cultura. Em casos, eles são incluídos nas linhas do Oriente, entretanto o correto seria classificá-los dentro de uma linha própria, dotada de poder e em graus hierárquicos complexos, organizados por famílias, como são os reais ciganos, e regidos pelos quatro elementos naturais (terra, água, ar e fogo). Em algumas casas, onde há grande manifestação desse povo, não é incomum que, em vez de cultuar a linha do Oriente, o culto seja dedicado exclusivamente aos ciganos, como linha do povo cigano.

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